sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O guardador de rebanhos

Num meio-dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia
Vi Jesus Cristo descer à terra
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino
A correr e a rolar-se pela relva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe...


Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa de milagres e roubou três.
Com o primeiro fez com que ninguém soubesse que

Ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba as frutas aos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar as cousas.
Aponta-me todas as cousas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem nas mãos
E olha devagar para elas...

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda certeza
Que Ele é o Menino Jesus verdadeiro...

Essa é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?



Fernando Pessoa*

* - Não, o poeta português não estudou no Cesa, embora, tenho certeza, teria sido muito bem vindo à tchurma. O que ele está fazendo aqui, neste espaço? Acontece que, mesmo tendo falecido em 1935 (nasceu em 1888, em Lisboa), ele também fez parte do ideário de boa parte de nossa juventude; e esse poema, que está transcrito apenas em partes, foi-me apresentado àquela época e, como o Menino Jesus dele, vive comigo até os dias de hoje.

Direto do túnel do tempo... as beldades!!!

Dirce, Elza, Rosa, Sueli, Iracema, Leninha, Esperança,
Marize e a Carmo, na festa de formatura, em 1973.
Que beldades, não?!

De volta ao baile - 3

Hoje, não quero identificar ninguém individualmente. Quero apenas homenageá-las com o texto abaixo, que me chegou às mãos ontem, e fotos de nosso último encontro, como seres divinos e vitais... Parabéns mulherões da nossa tchurma...



... mulherão é a trabalhadora que pega dois ônibus para ir ao trabalho e mais dois para voltar e, quando chega em casa, encontra um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome. Mulherão é aquela que vai de madrugada para a fila garantir matrícula na escola e aquela aposentada que passa horas em pé na fila do banco para buscar uma pensão de R$ 300,00. Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de segunda a sexta e uma família todos os dias da semana. Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento. Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquia, que faz dietas, que malha, que usa salto alto, meia-calça, ajeita o cabelo e se perfuma, mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista. Mulherão é quem leva os filhos na escola, busca os filhos na escola, leva os filhos na natação, busca os filhos na natação, leva os filhos para a cama, conta histórias, dá um beijo e apaga a luz. Mulherão é aquela mãe de adolescente que não dorme enquanto ele não chega. É quem, de manhã bem cedo, já está de pé, esquentando o leite. Mulherão é quem leciona em troca de um salário mínimo, é quem faz serviços voluntários, é quem colhe uva, é quem opera pacientes é quem lava a roupa para fora, é quem bota a mesa, cozinha o feijão e, à tarde, trabalha atrás de balcão. Mulherão é quem cria os filhos sozinha, é quem dá expediente de 8 horas e enfrenta menopausa, TPM e menstruação. Mulherão é quem arruma os armários, coloca flores nos vasos, fecha a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantém a geladeira cheia e os cinzeiros vazios. Mulherão é quem sabe onde cada coisa está, o que cada filho sente e qual o melhor remédio para azia. Lumas, Brunas, Carlas, Luanas e Sheilas: mulheres nota 10 no quesito linda de morrer, mas mulherão mesmo é quem mata um leão por dia!

O pastor e o advogado

Um pastor de ovelhas estava cuidando de seu rebanho, quando surgiu pelo inóspito caminho uma Pajero 4x4 toda equipada. Parou na frente do velhinho e desceu um cara de não mais que 30 anos, terno preto, camisa branca Hugo Boss, gravata italiana, sapatos moderníssimos bicolores, que disse:
- Senhor, se eu adivinhar quantas ovelhas o senhor tem, o senhor me dá uma?
- Sim, respondeu o velhinho meio desconfiado.
Então o cara volta pra Pajero, pega um notebook, se conecta, via celular, à internet, baixa uma base de dados, entra no site da NASA, identifica a área do rebanho por satélite, calcula a média histórica do tamanho de uma ovelha daquela raça, baixa uma tabela do Excel com execução de macros personalizadas, e depois de três horas, diz ao velho:
- O senhor tem 1.324 ovelhas, e quatro podem estar grávidas.
O velhinho admitiu que sim, estava certo, e como havia prometido, poderia levar a ovelha. O cara pegou o bicho e carregou na sua Pajero. Quando estava saindo, o velho perguntou: - - Desculpe, mas se eu adivinhar sua profissão, o senhor me devolve a ovelha?
Duvidando que acertasse, o cara concorda.
- O senhor é advogado ?!?! diz o velhinho...
- Incrível! Como adivinhou?
- Quatro razões: Primeiro, pela frescura; segundo, veio sem que eu o chamasse; terceiro, me cobrou para dizer algo que já sei; e quarto, nota-se que não entende merda nenhuma do que está falando: devolve já o meu cachorro!!!!
BLOG DA TCHURMA
Onde os AMIGOS se encontram na internet
Acesse - CurtaComenteOpineAjaInterajaAconteça
blogdatchurma.blogspot.com

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Nos bons tempos - 1


Finalmente, consegui localizar, copiar e jogar em nosso blog uma parte da nossa memória fotográfica, que circulou entre nós via e-mail no ano passado. A foto foi fornecida pela Elza Gerbelli, tirada na festa de amigo secreto, dia 18/11/1973. A legenda e identificação da galera é de responsabilidade de Leninha. Depois que aprendi a fazer, eu prometo: depois tem mais, homeopaticamente, que é mais gostoso... Vamos à identificação das ex-meliantes...
Na primeira foto, um churrasco com as presenças de Sueli, Marta, Cida Tasso, Capitó (abrindo o presente), Carmo, Rosa Hipólito, Marilda e Elza. Na segunda: Marli, Carmo Souza, Henke, Elza, a Marie "dis costas", o Dirceu ao fundo e o Moreti no fundão.

Se for pescar, não beba - ou A pedrada do trem

Esta é do Bosquinho, que tomo a liberdade de postar aqui no nosso blog.

Paulo era ligeiramente mais velho que eu, tendo tido, portanto, tempo para desenvolver mais maus hábitos do que eu, sendo um deles, a pescaria. Ambos morávamos no Parque Novo Oratório. Certo dia, Paulo decidiu que iríamos, de bicicleta, pescar na parte da represa Billings que fica em Ribeirão Pires. Quanto mais longe, maior a chance de aventuras. Isto foi durante as férias escolares de julho, ano definitivamente esquecido entre tantos já passados.
Saímos cedo do Parque Novo Oratório, munidos de varas de pesca, minhocas, algumas delas na cabeça, e pedalamos por horas até chegar em Ribeirão, já por volta do meio-dia... Acomodamo-nos próximo a umas das indefectíveis biroscas que infestam a represa desde os tempos do Caminho Real e,
pusemo-nos a pescar.
Confesso não lembrar se pegamos peixe. Lá pelas tantas, resolvemos que deveríamos nadar. Nos atiramos nas águas, vestidos como havíamos vindo, sem as camisas. Tudo ia bem - tudo vai bem quando se tem 14/15 anos - até quando desabou a neblina tão comum na Serra do Mar. O sol desapareceu, a fome incomodava e o frio causava uma sensação ruim de desamparo...
Paulo, escolado nas lides de pescaria de cabotagem, decidiu que era hora de comermos um sanduíche de mortadela e... oh desgraca...! tomar uns rabos-de-galo. Eu tinha certa experiência com sanduíches, principalmente de mortadela, mas nenhuma com rabos-de-galo (deve estar errado mas, soa-me mais coloquial manter galo no singular, viu Niva/Nilza...?).
Tive de decidir ali assinar, ou não, em cima da perna, minha sentença de macho ou maricas! Tomar ou não tomar? Paulo já havia explicado os poderes térmicos da beberagem, o frio encorajava, meus brios estavam à prova e, a dose no copo
não parecia ter tamanho para me derrubar. Tomei!
Daí por diante, as lembranças são cenas esparsas, vagas e, de pouca certidão. Resumirei a narrativa aos episódios definitivamente marcados a vexame e cansaço na memória distante.
Subimos na bicicleta e, a estrada parecia-me incrivelmente tortuosa e difícil. Na descida que existe logo após onde hoje está a Cooperativa do Rhodia, na divisa de Mauá e Ribeirão, colidi minha bicicleta com a traseira da bicicleta de Paulo. Capricho dos demônios que perseguem os bêbados jovens (os velhos, Deus protege), furei o pneu dianteiro de minha bicicleta e, o traseiro da bicicleta de Paulo. Este, lívido, bêbado e, furioso, xingou-me a valer, no idioma russo, imagino hoje. Alguém, não lembro quem, já disse que as lembranças são remotas e ébrias, decidiu que o melhor seria descer um enorme barranco negro, pintado de piche, e que leva à estrada de ferro. Linha de trem não tem muita curva e seria mais rápido para chegar em casa empurrando as bicicletas.
Hoje, orgulho-me de nossa lucidez, estando o cérebro encharcado com rabos-de-galo e, gostaria de parabenizar o Paulo caso o encontrasse.
Iniciamos a marcha via caminho de ferro, com abnegada decisão. Para descarregar a raiva, dávamos pedradas nos trens que passavam. Só parei quando uma das pedras, não sei atirada pela mão de quem, passou assobiando incrivelmente próxima à minha orelha, devolvida pelo trem que passou em sentido contrário ao nosso...
Mesmo "borracho", pude avaliar o perigo; o risco de morrer apedrejado por um trem, fato talvez nunca registrado em toda a historia criminal e ferroviária do Brasil.
A historia já vai longe; tenho esse mal costume e, encerrarei dizendo que, em poucas ocasiões, se é que existiu outra, minha humilde casinha assemelhou-se tanto ao Paraíso. Devo ter dormido pelas 72 horas seguintes e, desde então, passei a sofrer de delirius tremulus todas as vezes que a palavra rabo-de-galo era pronunciada por algum bêbado amigo, que não existem bêbados inimigos...
Registra ai, Ney! Abraço a todos! Bosco.

Tá registrado para nossa posteridade, Bosquinho. Beijo no bumbum!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

FORÇA, AMIGA!!!

Nossa querida amiga Leninha vai dar um tempo com o Leninha News.com para poder dedicar mais atenção e orações a seu filhão, que está passando por momento difícil. Vamos todos orar (aqueles que acreditam no poder da fé e da oração) e torcer pelo pronto restabelecimento do garotão. Enquanto a titular não retoma as atividades normais, eu o Cae Blue Eyes estaremos fazendo essa ponte que liga os amigos da Tchurma dos Bons Tempos. Nossos e-mails todos conhecem, né? É só continuar a mandar suas mensagens. E para começar, um recado enviado pela Angela Simioni especialmente para a Leninha


Um amigo é alguém que sabe a canção de seu coração e pode
cantá-la quando você tiver esquecido a letra

Evite palavrões, puta que pariu!!!

O professor Eduardo decidiu dar um tempo no "Faíscas da política", tomou um calmante à base de maracujina, e foi para o recreio, com o seguinte conselho aos mais exaltados: no lugar de dizer palavrões a torto e a direito, tente usar palavras mais adequadas! - pelo menos no trabalho, porra! Ele sujere a substituição de expressões de baixo calão (em vermelho) por outras bem mais civilizadas. Exemplos:

Nem fudendo!
Não tenho certeza se vai ser possível.

Tô cagando e andando!
Não vejo razão para preocupações.

Mas que porra eu tenho a ver com esta merda?
Inicialmente, eu não estava envolvido nesse projeto.

Caralho!
Interessante, hein?

Foda-se , não vai dar nem a pau!
Há razões de ordem técnica que impossibilitam a concretização da tarefa.

Puta merda, viado nenhum me fala nada!
Precisamos melhorar a comunicação interna.

E na bundinha, não vai nada?
Talvez , eu possa trabalhar até mais tarde.

Aquele cara é um bunda-mole mesmo!
Ele não está familiarizado com a situação.

Vai pra puta que o pariu, seu viado do caralho!
Desculpe, senhor.

Bando de filho da puta!
Eles não ficaram satisfeitos com o resultado do trabalho.

Foda-se, se vira!
Infelizmente não posso ajudar.

Puta trabalhinho de corno!
Adoro desafios

Ah, deu pro chefe?
Finalmente reconheceram sua competência

Enfia essa merda no cu!
Está muito bom, mas, por favor, refaça esta parte do trabalho.

Ah, se eu pego o filho da puta que fez isso!
Precisamos reforçar nosso programa de treinamento.

Esta merda tá indo pro buraco!
Nossos índices de produtividade estão apresentando uma queda sensível.

Agora fudeu de vez!
Esse projeto não vai gerar o retorno previsto

Eu sabia que ia dar merda!
Desculpe, eu teria avisado, se tivesse sido previamente consultado.

Cacete, vai sair cagada de novo!
Apesar do imenso esforço, teremos outra não conformidade .

Caráter...

Ha um cuidado imenso para nao permitir conotacao racista, ou qualquer outro preconceito, na abordagem de certos temas. Eh bom que seja assim. Os tempos sao dificeis, os demonios se agitam e, a ocasiao eh propicia para se buscar culpados e, nao razoes. Entretanto, nao ha como deixar de concordar com as colocacoes que o Jair faz, quando aponta a origem de certos problemas brasileiros. Como negar que nossos representantes sao exatamente o produto das familias brasileiras, de nossa sociedade? Ou alguem dirah que eles vieram do espaco sideral? Essa lenda de povo pacifico, eh outra balela. Somos uma das sociedade mais violentas do mundo. Basta consultar os indices das Secretarias de Seguranca estaduais. Numeros de guerra. Escolha-se a fonte que quiser e, o numero eh escandaloso, cruel. Varia, da estatistica mais bondosa a mais hostil, entre 35.000 a 55.000 mortos de forma violenta POR ANO. Nenhuma guerra recente, matou mais do que o crime no Brasil. So perdemos para os genocidios africanos. Nem vamos aqui falar da crueldade que marcou muitos destes crimes. Que povo pacifico eh este? A aculturacao do indio, povo que compoem grande parte de nossa populacao, eh outro engano, outra mentira safada. Nossos indios so tem poesia nos livrecos de Jose de Alencar. De ordinario, era um povo cruel, canibais. Viviam em guerra e, devoravam-se uns aos outros. Aliavam-se ora a um invasor, ora a outro, todos tao crueis quanto o proprio selvagem. Quando o Jair fala das vantagens da colonizacao inglesa, os fatos e resultados estao ao lado dele. Entretanto, acrescento que, os ingleses eram tao predadores quanto qualquer outro povo colonizador da epoca. Nao existiam expedicoes filantropicas, nao. O grande freio moral foi a religiao protestante. A Inglaterra rompeu com o Papa por motivos tortos mas, atirou no que viu e acertou no que nao viu. Digo isto de uma posicao de sujeito que tem ojeriza por religioes. Onde quer que se olhe o mapa do desenvolvimento ocidental, a religiao catolica estarah associada a pobreza, tanto material como de espirito. Nao pensem que foi o protestantismo quem desenvolveu os Estados Unidos ao cume onde tenta permanecer. Foram os Macons. O Mayflower trouxe, sim, um punhado de gente puritana, disciplinada e, orientada por um sentido de sociedade baseado na familia. Queriam trabalhar e prosperar, sem medo de ficarem ricos e irem para o inferno, como ameaca ateh hoje o Papa. Trouxeram consigo mulheres e filhos. Nao eram portugueses a se casarem com africanas e indias que, depois, tinham de pagar por um indulto papal, por terem constituido familia com gente pagan. Tudo errado... Gente ruim, sendo escorchada por uma Igreja pior... As sujeiras do catolicismo nao tem lugar no inferno de Dante. Teve de se alojar nos tropicos...
O Jair fala em ter de trabalhar 36 horas por semana. Eu trabalho 40 horas e, goste-se ou nao, eh preciso trabalhar o necessario e, nao o que se quer. E o Brasil tem de trabalhar MUITO, de maneira inteligente e, nao em trabalho inventado para justificar esmolas oficiais. Enfim, temos de decidir de uma vez por todas se vamos continuar a acreditar em um Brasil maravilhoso estampado nas vinhetas comerciais e, novelas da Globo; se vamos continuar a nos masturbar com novelas e BBBs ou, se vamos entender de vez que putaria deve ficar nos prostibulos e, nao na sala de TV da familia. Onde se faz o pao, nao se come o pao... Entao, Jair concordo contigo que o nosso problema nao tem explicacao e nem solucao em livros de economia e, nem em manuais de auto-ajuda. O nosso problema eh carater e, carater se constroi em casa; eh tarefa para a familia e nao para programas infantis matinais criados por pessoas que nunca terao familia ou, se tiveram uma filha, foi com o pai escolhido a dedo, como quem escolhe um cavalo de raca para procriacao. Aqui, para que nao digam que nao dou nome aos bois, falo de gays que infestam nossas TVs, uma parcela da populacao que tem todos os direitos de conviver em sociedade mas, que escolheu viver de maneira alternativa e, de nossa Rainha dos Baixinhos... cada vez mais baixinhos...
Abracos a todos!

O silêncio dos bons

O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos,
nem dos sem ética. O que mais preocupa é
o silêncio dos bons

Martin Luther King

Papo maluco de duas crias modernas

- E aí, véio?
- Beleza, cara?
- Ah, mais ou menos. Ando meio chateado com algumas coisas.
- Quer conversar sobre isso?
- É a minha mãe. Sei lá, ela anda falando umas coisas estranhas, me botando um terror, sabe?
- Como assim?
- Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doido aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de Cuca ia vir me pegar. Mas eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me pegar? Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com alguém?
- Nunca.
- Pois é. Mas o pior veio depois. O papo doido continuou. Minha mãe disse que quando a tal da Cuca viesse, eu ia estar sozinho, porque meu pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas tipo, o que meu pai foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi passear se eu tava vendo ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara?
- Sabe a sua vizinha ali da casa amarela? Minha mãe diz que ela tem uma hortinha no fundo do quintal. Planta vários legumes. Será que sua mãe não quis dizer que seu pai deu um pulo por lá?
- Hmmmm. pode ser. Mas o que será que ele foi fazer lá? VIXE! Será que meu pai tem um caso com a vizinha?
- Como assim, véio?
- Pô, ela deixou bem claro que a minha mãe tinha ido passear. Então ela não é minha mãe. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles dois tão de caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode!
- Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipitadas.
- Sei lá. Por um lado pode até ser melhor assim, viu? Fiquei sabendo de umas coisas estranhas sobre a minha mãe.
- Tipo o quê?
- Ela me contou um dia desses que pegou um pau e atirou em um gato. Assim, do nada. Puta maldade, meu! Vê se isso é coisa que se faça com o bichano!
- Caramba! Mas por que ela fez isso?
- Pra matar o gato. Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu.
- Ainda bem. Pô, sua mãe é perturbada, cara.
- E sabe a Francisca ali da esquina?
- A Dona Chica? Sei, sim.
- Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá, paradona, admirada vendo o gato berrar de dor.
- Putz grila. Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra entender.
- Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe, né? Ela me contou isso de boa, cantando, sabe? Como se estivesse feliz por ter feito essa selvageria. Um absurdo. E eu percebo também que ela não gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me assustar, fazendo um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela começou a falar que ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.
- Nossa, véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fazer isso com o filho.
- Mas é ruim saber que o casamento deles é essa zona, né? Que meu pai sai com a vizinha e tal. Apesar que eu acho que ele também leva uns chifres, sabe? Um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela chama ele de 'Anjo'. E ela disse que o tal do Anjo roubou o coração dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua, mandava colocar ladrilho em tudo, só pra ele poder passar desfilando e tal.
- Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo.
- É. Só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo veio me falar que a vizinha cria perereca em gaiola, cara. Vê se pode? Só tem louco nessa rua.
- Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe?
- Putz, é mesmo! Tô ferrado de qualquer jeito.


E eu pergunto: É mole?

Não deixe de ler

De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea,
não ipomtra em qaul odrem as
Lteras de uma plravaa etãso.
A úncia csioa iprotmatne é que
a piremria e útmlia Lteras etejasm
no lgaur crteo.
O rseto pdoe ser
uma bçguana ttaol, que vcoê
anida pdoe ler sem pobrlmea.
Itso é poqrue nós não lmeos
cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa
cmoo um tdoo.
Sohw de bloa.


Agora, um teste um pouco mais complicado: Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O meu desabafo... (Artigo postado também no LeninhaNews)

Queridos Amigos:

Segue aqui minha opinião sobre os comentários feitos no LeninhaNews, deixo claro que não sou Petista ou a favor de qualquer outro partido político brasileiro (que são muitos), eu voto em propostas, em planos de governo seja ele de qual partido político for, mas é claro, isso depois de fazer uma avaliação minuciosa desses planos de governo porque existem utopias e Planos de governo, precisamos separar um do outro, descartando as utopias e avaliando os planos que ao nosso ver tenham fundamentos, bem, não vou chover no molhado, o que eu quero dizer na verdade é o seguinte:
Corruptos ou não, Assistencialistas ou não, mentirosos ou não, legisladores em causa própria ou não, honestos ou não, sérios ou não, analfabetos ou não nós temos:
O Presidente da República, os Senadores, os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Prefeitos Municipais e os Vereadores legitimamente eleitos pelo voto do Povo, com o cumprimento da vontade desse povo, dos "caras pintadas", em suma com o cumprimento do pedido de "Diretas Já"; voto comprado ou não, voto trocado por cesta básica ou não, voto trocado por favor ou não, voto trocado por cargo público ou não, voto mal votado ou não, mas voto legítimo, pois se alguém sabe que esses votos não foram Legítimos e tem provas disso (porque acusar sem provas não adianta), está calado por conivência ou é cúmplice dessa irregularidade. E repito: eles são os Legítimos Representantes do Povo Brasileiro.
O que não dá pra entender é que se existem tantos corruptos, incompetentes, oportunistas, e qualquer outro adjetivo degradante que se possa dar aos políticos brasileiros (guardadas as exceções porque elas também existem), como eles conseguem ser eleitos ou reeleitos, se quem vota neles são os mesmos que ficam o tempo todo reclamando deles (o povo Brasileiro), é falta de memória, ou falta vergonha na cara?
Não importa se eles foram eleitos pelos currais eleitorais de "Quixeramobim do Pau Oco" ou de Santo André, eles foram eleitos e ponto final, não adianta agora dizer: "Caramba se o Tancredo não tivesse morrido esse pais seria diferente" porque ele morreu antes de poder fazer alguma coisa (se é que iria mesmo fazer), se formos nos basear em suposições eu poderia dizer: "Se todos votassem em mim para Presidente da Republica eu poderia fazer isso, aquilo, poderia melhorar a educação, a saúde" (será?). Se minha avó tivesse Pênis e testículos ela seria meu avô e não minha avó.
Cada povo tem os Governantes que merecem, porque eles são eleitos por esse mesmo povo (como é o nosso caso), e mais, por um voto embasado no seu próprio caráter, no seu próprio patriotismo, na sua própria história, na sua própria semelhança, na sua própria consciência, no seu próprio comodismo, na sua própria esperança que tudo caia do céu sem nenhum esforço por parte dele.
Todos dizem o povo brasileiro é pacífico por natureza, ele não gosta de guerra, ele não quer pegar em armas para resolver seus conflitos, mas na verdade a realidade é que o povo brasileiro fica esperando que Deus que também é brasileiro mande alguma ajuda divina, fica sentado em cima do próprio rabo olhando o rabo dos outros, ou esperando que apareça alguém (de preferência amigo seu) para resolver todos os seus problemas (um Salvador da Pátria), que se resolver esses problemas "É Meu Amigo" e se for mais um que nada faz "Eu não votei nele, como será que ele foi eleito?", ou dizendo o bom Português é um povo covarde, submisso, Amélia, conformado, egoísta, e muitos mais adjetivos prejorativos que agora não me ocorrem, que não enxerga um palmo além do próprio umbigo ou se enxerga faz papel de míope.
E botamos a culpa na falta de esclarecimento desse povo, na falta de Educação, de Saúde Publica, de Segurança, de Empregos entre outros, mas tudo isso gerado pelos Governantes que nos mesmos elegemos para nos representar, e que mesmo não fazendo nada de bom para os que os elegeram, são reeleitos e reeleitos até a morte, e depois elegemos seus sucessores e seguidores.
Esse país nunca foi, não é, e nunca será um País Sério (frase que atribuíram ao General De Gaulle, como também atribuíram diversas frases ao Sr.Vicente Matheus sem que as tivessem mencionado), fomos descobertos, colonizados e escorchados pelos portugueses, rechaçamos uma invasão francesa (ainda bem, os americanos fizeram o mesmo), rechaçamos uma invasão Holandesa (não sei se foi bom negocio, talvez até tenha sido, visto a situação da Guiana), ajudamos a destruir um país chamado Paraguai (que agora se vinga de nós, mandando tudo o que não presta para cá e que é trazido por brasileiros com a desculpa de que é mais barato, e ainda é um dos maiores exportadores de soja do mundo sendo que produz 5% do que o Brasil produz e mais, é o maior fabricante de Whisky Escocês do mundo). Os portugueses só não nos venderam para os Ingleses porque eles já nos exploravam sem conhecimento dos nossos donos, e não valia a pena pagar por algo que era de graça, e eles levavam daqui, deixavam uma parte na colônia deles (USA) e levavam o principal para a Inglaterra. Só que todas as suas colônias e ex-colônias prosperaram (leia-se: Austrália, Nova Zelândia, Escócia, Irlanda(s), Estados Unidos e a Índia também, depois que eles foram embora por obra da revolução pacifista feita por Gandhi).
Nota: Gandhi era pacifista não era conformista, mas houve derramamento de sangue também, não por ordem dele mas por alguns que o achavam pacifista demais.
Por favor, não me tomem por derrotista ou por reacionário, também acho que a solução para esse país deve começar pela base, porque de cima pra baixo já foi suficientemente mostrado que não haverá solução, e essa mudança de base será possivelmente para render frutos para os nossos tetranetos, ou seja, começando agora talvez os nosso tetranetos possam dizer que realmente o Brasil é o país do Futuro, mas ficando sentados chorando e leite derramado tentando buscar uma explicação não dá, só parando tudo e começando tudo de novo, mas dessa vez escolhendo quem vai nos colonizar (talvez os chineses).Um exemplo disso que foi dito acima é que existe uma crise financeira mundial em curso, essa crise não fui eu, nem a Leninha, nem o Dr.Gilmar, nem o Ney, muito menos o Prof.Eduardo, ou o Prof.Emir, ou qualquer membro da nossa Tchurma o responsavel pela sua ocorrência, então o que faremos:Ficamos sentados tentando culpar alguém (como bons Brasileiros que somos), porque isso é como aquela estoria do treinador de futebol egoísta, que diz para o time: Eu Venci, ou nós Empatamos, ou Vocês Perderam?Ou arregaçamos as mangas e começamos a trabalhar se preciso 36 horas por dia pra não ter que demitir nossos funcionarios, porque a economia do país depende deles?Ou então, demitimos esses funcionarios e preservamos os cargos dos seus chefes, e gerentes, e diretores que tinham obrigação de ter bolinha de cristal pra saber da crise dez anos antes dela acontecer?Ou então, demitimos os chefes, gerentes e diretores e preservamos o trabalho dos funcionarios, que sem comandantes para lhes dizer o que fazer, vão tentar tirar alguma vantagem da ausência deles?Ninguem tinha obrigação de adivinhar que a crise iria acontecer, mas todos tinham obrigação de previnir que ela pudesse acontecer, principalmente os que estavam juntos aos oportunistas que foram os seus responsáveis, nós os sêres humanos estamos destruindo o planeta, estamos matando milhões de pessoas de fome, pela guerra por petróleo, por dinheiro, por agua, por nada, por tudo e agora também pela falta de emprego, renda e subsistencia. Dessa forma amanhã teremos mais corruptos, mais criminosos, mais assaltantes, mais falta de saúde, mais falta de Educação, mais falta de segurança e dessa forma na proxima eleição voltaremos lá em cima, no inicio desse desabafo e começaremos a fazer tudo da mesma forma novamente, esse é um círculo vicioso que só vai mudar com a mudança de caráter e de postura do nosso povo, com um maior comprometimento com nós mesmos e com tudo o que nos cerca ou diz respeito, com a convicção de que meu direito termina quando começa o direito do meu vizinho, ou do meu amigo, ou de quem quer que seja, mas meu dever não termina nunca.
Abraços a todos

Jair

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Indicação de amigo


Nunca se diga inútil. Por agora, você não é um anjo.
No entanto, é capaz de ser uma pessoa reta e nobre;
Não terá santidade para mostrar, mas possui vastas possibilidades de agir, em benefício do próximo;
Não apresenta qualidades perfeitas, contudo, você detém recursos preciosos de servir;
Talvez não consiga revelar alto índice de cultura intelectual, porém, consegue amparar a muitos companheiros com excelente orientação;
Provavelmente não lhe será possível movimentar grandes riquezas do mundo, entretanto, nada lhe impedirá o esforço de acumular tesouros de bondade no coração e de irradiá-los em gestos de compreensão e de amor.
Por fim, é provável que você ainda não conheça o que seja a felicidade, mas pode adquiri-la, se você quiser, aprendendo a trabalhar em favor dos outros,



André Luiz

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Papo irado

Essa é ótima! Tava no Leninha News.com e eu não
resisti em trazê-la pra cá. Papo irado entre dois
aborrescentes sobre trabalho escolar. Vocês
conhecem alguma pessoinha dessas???


Fê: E aí?
Dado: Firmeza. E aí?
Fê: Show de bola. Fez o homework?
Dado: Que homework?
Fê: O que a profe pediu.
Dado: Putz, caraca! A de história, né?
Fê: Só.
Dado: Que saco, esqueci! Qual que era a bagaça mesmo?
Fê: Espera que eu vou ver...........
Dado: Achou?
Fê: Espera, pô! Ah, tá aqui: diga por que o dia 31 de março mudou a história do nosso país.
Dado: Tem idéia?
Fê: Nadica.
Dado: Então a gente se fala tipo daqui a pouco. Bj.
Fê: Bj.(Meia hora depois.)
Fê: E aí, foi no Google?
Dado: Fui. E vc?
Fê: Total.
Dado: Matou a charada?
Fê: Matei.
Dado: Então fala aí, gata, por que o 31 de março mudou a história do nosso país?
Fê: Se liga: no dia 31 de março de 1889 a Torre Eiffel foi dedicada à cidade de Paris.
Dado: Bizarro. Mas o que isso tem a ver tipo com o Brasil?
Fê: Ah, sei lá! Antes não tinha a torre, entendeu? Aí os brasileiros não entravam numas de ir pra fora, conhecer o mundo. Fez a torre, aí abriu pra ir, visitar e os caras começaram a viajar. Por isso que tem tanto brazuca lá fora, tá ligado?
Dado: Louco.
Fê: Você achou algum treco?
Dado: Uma pá de coisa!
Fê: Fala uma.
Dado: Tipo, eu achei que nesse dia, em 1492, uns reis lá expulsaram os judeus da Espanha.
Fê: E aí? Onde que o Brasil entra nessa?
Dado: É que aí os judeus tiveram que ir pra Alemanha, o Hitler caiu em cima dos caras e eles vieram pra cá.
Fê: Pra Higienópolis?
Dado: Tudo a ver.
Fê: Sabe, cara, tô achando que pode ser outra coisa.
Dado: Tipo o quê?
Fê: É que eu também achei isso, ó: no dia 31 de março de 1900 saiu o primeiro anúncio de carro da história. Era uma firma da Filadélfia, meu, e eles publicaram o anúncio num jornal que chamava Saturday Evening Post. Vai ver é isso, porque aí os brasileiros acharam o anúncio o maior chique, começaram a comprar carro e acabou dando esses congestionamentos.
Dado: Sei não, nada a ver... Eu estou numa de que é uma coisa mais...sabe?, um troço mais zoado.
Fê: Mas, meu!, o quê?
Dado: Sei lá, um treco tipo guerra, entende?
Fê: Nadica.
Dado: Eu li num lugar aí que teve uma revolução aqui.
Fê: Aqui? No bairro? Xi, agora só vou sair na rua de capacete.
Dado: Pô, gata, é sério!
Fê: Rs, rs, rs, rs.
Dado: Olha só: parece que teve uma revolução mesmo, tipo um negócio com general.
Fê: Se liga, vc acha que teve guerra aqui?
Dado: Pô, de repente teve, sei lá...
Fê: Com esse negócio de espião, granada, metralhadora? Você pirou! Daqui a pouco vc vai dizer que torturaram neguinho no Brasil.
Dado: Pode ser. Que nem fizeram no Iraque. Eu vi no YouTube.
Fê: Ai, meu, sei lá... pra mim isso é viagem sua.
Dado: Pô, a gente fica com o que, então?
Fê: Paris, meu. Relaxa que é aquele lance da Torre Eiffel.
Dado: Tá bom, vou na sua. Me atacha a sua pesquisa que eu colo no arquivo.
Fê: Tá indo... Tá indo... Foi.
Dado: Valeu. Agora eu vou jogar umas duas horas de Mortal Annihilation.
Fê: E eu vou dar um rolê no Shopping. Blz?
Dado: Blz.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O real sem calcinha no carnaval

Interessantíssima essa discussão via e-mails no Leninha News.com envolvendo o Bosco, o Caetano, os professores Eduardo, Emir e Helena, o Gilmar, o Gilson e até a participação do jornalista Luiz Nassif, em artigo de sua autoria. Na polêmica, discute-se desde a autoria do Plano Real, no início da década de 90, até as raízes do nosso caráter (ou falta dele) enquanto nação, passando por questões não menos inquietantes como o episódio envolvendo o ex-presidente da República, Itamar Franco, e a modelo Lilian Ramos, sua acompanhante num desfile de carnaval no Rio de Janeiro. Para quem não se lembra, a moça deixou-se fotografar – ou foi flagrada - no palanque presidencial, o lado do próprio presidente, sem calcinha.
Ao longo de toda a polêmica, que Leninha batizou de Faíscas da Política no ar, os debatedores dão grandes toques e fazem importantes considerações sobre a nossa história recente, com pinceladas sobre a contribuição de personagens como Juscelino Kubitschek, Leonel Brizola, Celso Furtado e tantos outros nomes, à nossa história.
Mesmo sem ter a pretensão de reabrir a discussão, não dá para não deixar também registradas aqui no nosso blog algumas considerações sobre a questão da origem de algumas de nossas mazelas enquanto nação.
Se bem analisarmos, constataremos que nossos problemas remontam à época do descobrimento e de nossa colonização. Afinal, quem nos formou, como nação, como povo??? Quem eram os degredados que foram despachados para cá – além-mar, ou quinto dos infernos –, como castigo, para crescerem e multiplicarem-se? Quem eram esses primeiros brasileiros? – depois dos índios, naturalmente.
Nosso processo de colonização juntou a escória européia, nativos inocentes e despreparados para se imporem como cultura dominante; negros escravos, arrancados (literal e figurativamente) de suas raízes na distante África, do outro lado do Atlântico; e – bem mais tarde – uma aristocracia decadente, covarde e corrupta, que fugia do domínio de Napoleão Bonaparte na Europa.
Pois bem, misture a ambição e corrupção do europeu, a inocência e despreparo indígena e a desesperança e servidão do negro africano, ferva tudo isso com azeite de dendê ao sol dos trópicos e teremos o povo brasileiro, com toda sua inteligência e criatividade mas também com boa dose de malemolência, jogo de cintura e muita “catigoria”. E assim somos nós (com melhoramentos) até hoje. “É nóis, mano!!” – diria o brother da periferia.
Entretanto, independente de quem foi o responsável pelo nosso atraso social – hoje bem mais grave que o econômico – ou de quem nos tirou da caderneta do FMI, o fato é que, como diz o Bosquinho, navegando nas águas de Darcy Ribeiro, Paulo Freire e mais alguns ilustres brasileiros, somente com a educação de qualidade e acessível a todos os brasileiros, o país irá finalmente lançar as fundações sobre as quais se erguerá e cumprirá seu papel de nação livre e justa.
Educação é a palavra-chave, mágica que nos tirará do atoleiro. Enquanto isso, tem razão o Gilson quando diz que não importa o partido, o político ou quem quer que seja. “Se elegemos (com ou sem nosso voto), temos obrigação moral de cobrar, sempre.” Gilsão concluiu seu desabafo propondo uma cobrança sem tréguas aos nossos políticos e pergunta: “ou não era esse o nosso ideal nos idos tempos de colégio?”
É isso aí, Gilsão. Há de se lamentar, apenas, que toda essa discussão não se tenha dado também aqui, no nosso blog.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Força interior

Tem sempre presente que a pele se enruga, que o cabelo se torna branco, que os dias se convertem em anos, mas o mais importante não muda:
Tua força interior.
Madre Tereza de Cacultá

Importância do cafezinho

Essa, faço questão de postar. É a colaboração da prof Helena para o Leninha News.com, que estréia aqui, no nosso Blog da Tchurma. Bem vinda!

Dois leões fugiram do Jardim Zoológico. Na fuga, cada um tomou um rumo diferente. Um dos leões foi para as matas e o outro foi para o centro da cidade. Procuraram os leões por todo o lado, mas ninguém os encontrou. Depois de um mês, para surpresa geral, o leão que voltou foi justamente o que fugira para as matas.
Voltou magro, faminto, alquebrado. Assim, foi conduzido a sua jaula. Passaram-se oito meses e ninguém mais se lembrou do leão que fugira para o centro da cidade, quando um dia, o bicho foi recapturado. E voltou ao Jardim Zoológico gordo, sadio, vendendo saúde.
Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira para a floresta perguntou ao colega:
- Como é que conseguiste ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com saúde? Eu, que fugi para a mata, tive que voltar, porque quase não encontrava o que comer .... !!!
O outro leão então explicou:
- Enchi-me de coragem e fui esconder-me numa repartição pública. Cada dia comia um funcionário e ninguém dava por falta dele.
- E por que voltaste então para cá? Tinham acabado os funcionários?
- Nada disso. Funcionário público é coisa que nunca se acaba. É que eu cometi um erro gravíssimo. Tinha comido o diretor geral, dois superintendentes, cinco adjuntos, três coordenadores, dez assessores, doze chefes de seção, quinze chefes de divisão, várias secretárias, dezenas de funcionários e ninguém deu por falta deles!
Mas, no dia em que eu comi o que servia o cafezinho... estraguei tudo!!!

De volta ao baile (2)

As meninas dominaram nessa, comandadas
pela Niva (ao centro, ou quase...)

Nesta, os homens se fizeram representar por
Bosquinho, Barbizan e Caetano

Aqui, misturou geral e todo mundo ficou legal....

Gilsão, Nei, Tobé, Beltran, Hideko, Gilberto,
Tomé e Carmo na primeira fila
Bolinha é o centro da linha de frente, que tem ainda
Beltran, Moreti, Caetano, Baebizan e Jairo

Ninguém quis ficar de fora na hora da geral... e foi aquela correria para a pose "oficial" da efeméride. Teve gente que até escorregou no piso do salão.... na tentativa de melhor se posicionar para os flashs... Um luxo só!!! Ah! As fotos são da Shirley

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Namore um barrigudinho

Reza a lenda que se conselho fosse bom, ninguém o daria de graça, não é? Pois, às vezes, alguém desprovido de ambição no coração acaba contrariando esse dito popular. É o caso da dra. Carla Moura, psicóloga especialista em sexologia e terapia de casais. Abaixo, seu valioso conselho às mulheres, enviado pelo Roberto Lantin para o Leninha News.com, que nós postamos aqui:

"Se você acabou de conhecer um rapaz, ficou com ele algumas vezes e já está começando a imaginar o dia do seu casamento e o nome dos seus filhos, pare agora e me escute! Na próxima vez que encontrá-lo, tente disfarçadamente descobrir como é sua barriga.
Se for musculosa, torneada, estilo "tanquinho", fuja! Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância segura. É fria, vai por mim.. Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chope. Se não, não presta. Estou me referindo àqueles que, por não colocarem a beleza física acima de tudo (como fazem os malditos metrossexuais), acabaram cultivando uma pancinha adorável. Esses, sim, são pra manter por perto. E eu digo o porquê. Você nunca verá um homem barrigudinho tirando a camisa dentro de uma boate e dançando como um idiota, em cima do balcão.

Se fizer isso, é pra fazer graça pra turma e provavelmente será engraçado, mesmo. Já os "tanquinhos" farão isso esperando que todas as mulheres do recinto caiam de amores - e eu tenho dó das que caem. Quando sentam em um boteco, numa tarde de calor, adivinha o que os pançudinhos pedem pra beber? Cerveja! Ou coca-cola, tudo bem também. Mas você nunca os verá pedindo suco. Ou, pior ainda, um copo com gelo, pra beber a mistura patética de vodka com "clight" que trouxe de casa. E você não será informada sobre quantas calorias tem no seu copo de cerveja, porque eles não sabem e nem se importam com essa informação.
E no quesito comida, os homens com barriguinha também não deixam a desejar. Você nunca irá ouvir um ah, amor, "Quarteirão" é gostoso, mas você podia provar uma "McSalad" com água de coco. Nunca! Esses homens entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar. Mais um vez, repito: não é pra chegar ao exagero total e mamar leite condensado na lata todo dia. Mas uma gordurinha aqui e ali não matará um relacionamento. Se ele souber cozinhar, então, bingo! Encontrou a sorte grande, amiga.
Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, e nunca torcerá o nariz quando você repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz.

Outra coisa fundamental: homens barrigudinhos são confortáveis! Experimente pegar a tábua de passar roupas e deitar em cima dela. Pois essa é a sensação de se deitar no peito de um musculoso besta. Terrível! Gostoso mesmo é se encaixar no ombro de um fofinho, isso que é conforto. E na hora de dormir de conchinha, então? Parece que a barriga se encaixa perfeitamente na nossa lombar, e fica sensacional.
Homens com barriga não são metidos, nem prepotentes, nem donos do mundo.. Eles sabem conquistar as mulheres por maneiras que excedem a barreira do físico. E eles aprenderam a conversar, a ser bem humorados, a usar o olhar e o sorriso pra conquistar.
É por isso que eu digo que homens com barriguinha sabem fazer uma mulher feliz.*"


* - E mulheres como a dra. Carla é que sabem das coisas - eu acrescentaria. Valeu Lantin!

Uma gota d'água

Você já parou alguma vez para observar uma gota d`água? Sim, uma pequena gota d`água se equilibrando na ponta de um frágil raminho... Com graciosidade, a gotícula desafia a lei da gravidade, se balançando nas bordas das folhas ou nas pétalas de uma flor. São gotas minúsculas, que enfeitam a natureza nas manhãs orvalhadas ou permanecem como pequenos diamantes líquidos, depois que a chuva se vai. É por isso que um bom observador dirá que a vida seria diferente se não existissem gotas de água para orvalhar a relva e amenizar a secura do solo.
Madre Tereza de Calcutá foi uma dessas almas sensíveis. Um dia, um jornalista que a entrevistava disse-lhe que, embora admirasse o seu trabalho junto aos pobres e enfermos, considerava que o que ela fazia, diante da imensa necessidade, era como uma gota d`água no oceano.
E aquela pequena sábia-mulher, lhe respondeu: "sim, meu filho, mas sem essa gota d`água o oceano seria menor." Sem dúvida uma resposta simples e extremamente profunda. Pois sem os pequenos gestos que significam muito, a vida não seria tão bela...

Um aperto de mão, em meio à correria do dia-a-dia... Um minuto de atenção a alguém que precisa de ouvidos atentos, para que não caia nas malhas do desespero... Uma palavra de esperança a alguém que está à beira do abismo. Um sorriso gentil a quem perdeu o sentido da vida. Uma pequena gentileza diante de quem está preso nas armadilhas da ira. O silêncio, frente à ignorância disfarçada de ciência... A tolerância com quem perdeu o equilíbrio. Um olhar de ternura para quem pena na amargura.
Pode-se dizer que tudo isso são apenas gotas d`água que se perdem no imenso oceano, mas são essas pequenas gotas que fazem a diferença para quem as recebe. Sem as atitudes, aparentemente insignificantes, que dentro da nossa pequenez conseguimos realizar, a humanidade seria triste e a vida perderia o sentido.
Um abraço afetuoso, nos momentos em que a dor nos visita a alma... Um olhar compassivo, quando nos extraviamos do caminho reto... Um incentivo sincero de alguém que deseja nos ver feliz, quando pensamos que o fracasso seria inevitável... Todas essas são atitudes que embelezam a vida.
E, se um dia alguém lhe disser que esses pequenos gestos são como gotas d`água no oceano, responda, como madre Tereza de Calcutá, que sem essa gota o oceano de amor seria menor. E tenha certeza disso, pois as coisas grandiosas são compostas de minúsculas partículas. Pense nisso!
Sem a sua quota de honestidade, o oceano da nobreza seria menor. Sem as gotas de sua sinceridade, o mar das virtudes seria menor. Sem o seu contributo de caridade, o universo do amor fraternal seria consideravelmente menor. Pense nisso! E jamais acredite naqueles que desconhecem a importância de um pequeno tijolo na construção de um edifício.
Lembre-se da minúscula gota d`água, que delicadamente se equilibra na ponta do raminho, só para tornar a natureza mais bela e mais romântica, à espera de alguém que a possa contemplar.
E, por fim, jamais esqueça que são essas mesmas pequenas e frágeis gotas d`água que, com insistência e perseverança conseguem esculpir a mais sólida rocha.

Texto da equipe de redação do Momento Espírita
. Uma quarta-feira iluminada a todos os meus queridos amigos e amigas da Tchurma dos Bons Tempos. Beijo a todos!!!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

De baixo para cima

Este poeminha engraçadinho é bastante antigo nas listas de e-mail que rolam pela internet. Inicialmente divulgado sem autoria, ultimamente tem sido atribuído a Clarice Lispector. Ele nos foi enviado agora pela querida Leninha, para nosso deleite:

Não te amo mais.
Estarei mentindo se disser que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza de que
Nada foi em vão.
Sei dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer nunca que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!!!!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade:
É tarde demais....


Agora, o melhor: leia de baixo para cima. Pura arte...muito talento!
BLOG DA TCHURMA
Onde os AMIGOS se encontram na internet
Acesse - CurtaComenteOpineAja InterajaAconteça
blogdatchurma.blogspot.com

A amizade e o vinho

Amizade é como o vinho:
quanto mais velha, melhor

Procura-se um amigo

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar. Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer. Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
Vinícius de Moraes


domingo, 15 de fevereiro de 2009

De volta ao baile...

Os bat casais Marilda e Bosco, Marlene e Gilson...

Barbizan, Alécio e Nei... matando saudade dos bons tempos

Olha a Nilza aí, gente!!!, ladeada pelo Barbizan, Vagner e Jairinho...

As feras Tobé, Daniel Pé, Cae Blue Eyes e o Barbizan, de novo....

Fantástica... maravilhosa... perfeita... inesquecível... foram alguns adjetivos usados pela tchurma para definir nosso último encontro, dia 15 de novembro, no Primeiro de Maio. A comissão organizadora (nossas queridas amigas Leninha, Marlene, Nilza, Niva e Helena... entre outras) ainda hoje não conseguiu arranjar lugar para guardar tantos elogios. Entonces, como diz a Leninha, vamos matar mais um pouquinho da saudade daquela noite encantada,
enquanto novembro não vem....
Semana que vem tem mais, homeopaticamente...

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Um dia animal...







Hoje foi um daqueles... para encerrá-lo à caráter,
deixo estas belas imagens que
o professor Eduardo
mandou para o Leninha News.com.
Bom domingo a todos.....



Torturador de palavras

O texto é de alguém que se identifica como Luciano Pires e foi repassado pelo professor Eduardo para o Leninha News.com, que já conta com sua titular de volta, depois de merecidas férias. Seja bem vinda, de novo. Mas, vamos ao que interessa: o texto.

Olha que história sensacional recebi por e-mail: Judy Wallman é uma pesquisadora na área de genealogia nos Estados Unidos. Durante pesquisada árvore genealógica de sua família deu de cara com uma informação interessante. Um tio-bisavô, Remus Reid, era ladrão de cavalos e assaltante de trens. No verso da única foto existente de Remus (em que ele aparece ao pé de uma forca) está escrito:
"Remus Reid, ladrão de cavalos, mandado para a Prisão Territorial de Montanaem 1885, escapou em 1887, assaltou o trem Montana Flyer por seis vezes. Foi preso novamente, desta vez pelos agentes da Pinkerton, condenado e enforcado em 1889."
Acontece que o ladrão Remus Reid é ancestral comum de Judy e do senador pelo estado de Nevada, Harry Reid. Então Judy enviou um e-mail ao senador solicitando informações sobre o parente comum. Mas não mencionou que havia descoberto que o sujeito era um bandido. A atenta assessoria do Senador respondeu desta forma:
"Remus Reid foi um famoso cowboy no Território de Montana. Seu império de negócios cresceu a ponto de incluir a aquisição de valiosos ativos equestres, além de um íntimo relacionamento com a Ferrovia de Montana. A partir de 1883 dedicou vários anos de sua vida a serviço do governo, atividade que interrompeu para reiniciar seu relacionamento com a Ferrovia. Em 1887 foi o principal protagonista em uma importante investigação conduzida pela famosa Agência de Detetives Pinkerton. Em 1889 Remus faleceu durante uma importante cerimônia cívica realizadaem sua homenagem, quando a plataforma sobre a qual ele estava cedeu."
Não é sensacional? Palavras e números podem ser torturados pra dizer o que o torturador quiser!
Pois bem. Com as eleições dos dinossauros Sarney e Temer para as presidências do Senado e Câmara de Deputados e o mergulho de Lula na campanha de Dilma, assistimos a infindáveis sessões de tortura de palavras, que os marqueteiros do PT chamam de "construções simbólicas". É indispensável portanto preparar-se para ouvir os discursos, ler as matérias,ouvir as reportagens. Esse preparo começa com o estudo e com a leitura. Quem não lê não está preparado para assistir televisão, por exemplo. É a leitura que nos ajuda a construir um repertório suficiente para embasar nossas reflexões, enriquecer nossas comparações, orientar nossos julgamentos e refinar nossa capacidade de tomada de decisão. Através da leitura entramos em contato com as idéias de homens e mulheres que ao longo da história da humanidade trataram dos problemas que nos afligem. Com a leitura aprendemos como o mundo funciona e como o homem se comporta em sociedade. Aprendemos sobre po-lí-ti-ca. Sem a leitura acreditamos nos torturadores profissionais de palavras. E então um "não" passa a significar "sim". E vice-versa. Erros viram acertos. Ladrões são tratados como empresários. Planos eleitoreiros são vendidos como a salvação da pátria. Terroristas passam por refugiados. Assassinos transformam-se em vítimas. Através da leitura e do estudo é possível desenvolver uma espécie de "sexto sentido" para perceber os malabarismos dialéticos, a tortura das palavras. No mínimo, isso ajuda a não fazer papel de trouxa.
Ah, ia me esquecendo! Em vez de simplesmente acreditar e repassar, decidi ler e estudar. E descobri que a história de Judy, Harry e RemusReid é falsa. É uma mentira que circula pela internet há nove anos...
Viu só?

Só figura no Blog da Tchurma!!!

Mahatma Ghandi, Jimmy Cliff, dr. Dráuzio Varella, Carlos Drummond de Andrade, Renato Russo, Indira Ghandi, Cora Coralina, Cecília Meirelles, Madre Tereza de Calcutá....
Todos estão no Blog da Tchurma. E também o Bosquinho, o Jair Dezotte, o Roberto Tomé, o dr. Gilmar Giminha, a professora Niva, o Bolinha Ademir Marques. O Nei também. Visite-nos e critique-nos, opine, bote a boca no trombone.... aconteça.
Blogdatchurma.blogspot.com

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Anos de chumbo - O pesadelo


Passava da meia-noite quando atravessei o pequeno portão de casa, depois de breve caminhada desde o ponto de ônibus. Estava aliviado e feliz por finalmente ter chegado. Não que fosse tão tarde assim, mas porque logo... logo, estaria no acochego de minha cama, longe dos riscos das ruas. Uma leve brisa aliviava o abafamento daquela noite de início de dezembro.
Pé ante pé, atravessei a pequena sala da casa antes de alcançar a cozinha e chegar ao quartinho dos fundos, que dividia com meu irmão. Silêncio. Todos dormiam – ou pelo menos davam essa impressão. Helinho, meu irmão, chegava a roncar baixinho em sua cama do outro lado do quarto; minha mãe e seo Ivo, meu padrasto, pareciam desmaiados no quarto da frente. Silêncio total na casa.
Logo, também eu, já em minha cama, entregava-me aos braços de Morfeu. Não sem antes ainda curtir na memória flashs daquela noite gostosa com meus amigos do colégio. Haviamos ido ao teatro, incentivados pela Selma – aquela professora que nos dirigia naquela montagem de O Pagador de Promessas.
A Selma era gente fina, sempre incentivando-nos a ler, a ir ao teatro, a discutir as coisas que estavam acontecendo no país, a ter atitude (até hoje me lembro da bronca que ela me deu para eu deixar de repartir meu pixaim como se fosse cabelo de branco: “Por que você não penteia seu cabelo para trás”, inquiriu-me certa vez, ao final de um ensaio do Pagador de Promessas, sábado de manhã). Mas essa é outra história; voltemos ao que interessa.
Não sei dizer quanto havia dormido naquela noite, depois de jogar-me na cama. Só sei que, de repente, eu e o Helinho fomos acordados pelo choro conpulsivo de minha mãe, de pé na porta do quarto, no meio da noite. Imediatamente, pus-me de pé, a socorrê-la. O Helinho fez o mesmo e, desesperados, tentávamos saber o que havia acontecido.
Ainda chorando e soluçando muito, minha mãe agarrou-me em seus braços como que para certificar-se de que eu realmente estava ali, inteiro... vivo. O estado de choqe era tão grande que ela ainda não conseguia dizer claramente o que havia acontecido. Após alguns minutos, conseguimos convencê-la a sentar-se na beira de minha cama enquanto o Helinho ia até a cozinha pegar um copo de água.
Alguns minutos mais tarde, já um pouco mais calma e depois de cobrir-me de beijos misturados com lágrimas e catarro, que ainda corria de suas narinas, ela começou a relatar o ocorrido:
- Foi um pesadelo, filho – finalmente desabafou.
- Um pesadelo, mãe? E precisava todo esse escândalo? Nossa!!! – eu disse.
- Foi um pesadelo horrível, filho – ela prosseguiu. Eu sonhei que você tinha morrido. Os “home” tinham te matado. Eles descobriram que você andava se reunindo aos sábados com seus amigos para ler aqueles livros proibidos; andava falando mal do governo, fazendo teatro... e até dando corda para aqueles caras do sindicato, na fábrica....
As lágrimas voltaram a rolar dos olhos de minha mãe. Tentei acalmá-la novamente, dizendo que tudo aquilo era normal... que não estava fazendo nada de errado... que nada ia acontecer comigo ou com meus amigos. Mas não havia como convencê-la disso. Ao menos naquele momento. Pedi a ela então que terminasse de relatar o pesadelo.
- Então, filho – ela recomeçou. Eles descobriram essas coisas todas que você anda fazendo e foram lá em casa (nós ainda morávamos no João Ramalho, esclareceu) e te pegaram. Ai, filho, eu nem quero lembrar... – e voltou a chorar.
Mais alguns momentos depois, ela prosseguiu:
- Eles te pegaram, filho, te amarraram numa cruz, como Jesus, e te metralharam na minha frente. E eu gritava... pedia... “soltem meu filho, ele não é bandido; ele é bom... trabalhador...inteligente...” mas não adiantou, filho, eles te mataram. Eles ainda disseram:
- Tem de morrer, sim. Ele é subversivo, anda em más companhias, fala mal do governo...
- Mas eu estou aqui, mãe, e não vou deixar eles me pegarem, não. Sou trabalhador. Estudo à noite, não faço mal a ninguém. Não tem por que eles me perseguirem – tentava convencê-la – e a mim mesmo.
Depois de muita conversa e troca de carinhos, como há muito não acontecia entre nós, minha mãe acalmou-se e concordou em voltar para a cama e aos braços de Morfeu, antes que meu padrasto também acordasse.
Essa foi uma noite que dificilmente esquecerei em minha vida. Uma noite que descobri não só o quanto minha mãe me amava e se preocupava comigo, mas também, e principalmente, o sentido real da expressão “anos de chumbo”. Corria o ano de 1971.

Obs: Isso aconteceu de verdade. Não é ficção.

Viva o trema sobre os hiatos!*


A multidão estava reunida diante do Palácio em protesto contra os ditames do rei e contra as mordomias de uma princesa que dormia há quase um século. O orador, do Partido Comunista do Reino, dizia que era um absurdo que o povo mantivesse uma monarquia inoperante. Conclamava a revolução popular.
- Abaixo a monarquia! - berrou no microfone; berro que foi saudado pela multidão com gritos inarticulados de alegria e revolta.
- Abaixo o rei! - gritou um exasperado no meio do povo e o povo respondeu com mais gritos inarticulados.
- Abaixos as instituições!, Fora com o Exército!, Proletários do mundo, uni-vos! e tantas outras coisas que eram imediatamente recebidas com ovações, silvos, palmas, gritos. Até que uma voz isolada berrou:
- Abaixo a gramática e a sintaxe!
- Subversivo! - respondeu num berro o orador.
Abriu-se uma clareira ao redor de quem havia gritado aquele impropério contra a gramática: um homem magro e de boina.
- Sem subversões; isso não será admitido! - berrou o orador.
O subversivo foi expulso da praça aos empurrões e pontapés. Expulso o corpo estranho, o orador completou:
- E quem for contra o trema e a acentuação terá a cabeça cortada….
Silêncio na multidão.
- Há coisas em que mesmo nós havemos de ser conservadores. Viva a revolução! E viva o trema sobre os hiatos!
* - Texto extraído da internet. Autor desconhecido.

Helena Ballaguer nos recebeu em 2007





Enquanto as fotos mais antigas não chegam, vamos matar saudade do encontro de 2007, no lar da querida Helena Ballaguer, que na foto de cima aparece ao lado das não menos queridas Marlene Breseghuello, Leninha, Carmo, Hideko... Mas também o Jairinho, o Cae Blues Eyes... e vários outros colegas marcaram presença na festa...

VIVA!!!!

Você não pode escolher
como vai morrer ou quando.
Você só pode decidir como vai
viver agora

Joan Baez
BLOG DA TCHURMA
Onde os AMIGOS se encontram na internet
Acesse - CurtaComenteOpineAjaInterajaAconteça
blogdatchurma.blogspot.com