A professora Niva, em dia de fúria, faz esse desabafo para o Leninha News.com que, por achá-lo pertinente, tomo a liberdade de postá-lo em nosso blog. O que vocês acham das colocações da mestra? Gostaria muito de ler opiniões a respeito. Segue O DESABAFO:
"Para haver qualquer mudança há necessidade de se passar por uma fase de transição... E sobre nossa geração também caiu esse fardo incômodo de dupla jornada , trabalho fora e dentro de casa, etc., etc... E isso ainda vai continuar por mais algum tempo... Mas já é compensador!!! Será que alguém que conseguiu o seu salário gostaria de ter que pedir dinheiro para seu homem e , às vezes, levar uma bronca ou ter de dar satisfação sobre os gastos? Ou só sair para um cinema ou teatro ou passeio com a bênção do marido? Ou fazer uma viagem se o marido deixar? Só receber amigos ou amigas que ele aprovar? Só votar em quem ele "mandar"? Só ler o que ele e a Igreja aprovarem? E..., ou...!!! Creio que nossa luta valeu a pena, ainda que por aqui seja difícil encontrar um companheiro que divida TODAS as responsabilidades domésticas com a esposa... E mais, agora a mulher levanta às seis . Antes era a mesma coisa, pois ela precisava fazer café para o marido, dar-lhe a roupa impecável para o trabalho.... E aquela história de "rainha do lar" era enganação: grande parte dos presentes para essa tel rainha, até hoje, ainda sâo aparelhos para a servidâo do lar ( máquinas de lavar, geladeira, fogâo, Tv, batedeira de bolo, liquidificador, ferro de passar roupa...). Coisas para a "escrava do lar". Chega a ser revoltante o que o comércio sugere de presentes para o Dia das Mães...
E estamos apenas na fase de transição... Que é uma fase muito difícil, mas como já disse acima, já é compensador viver este período ...E sentir-se participante desse pelotão que empurra a evolução da mulher nesta parte do mundo...Sim, porque existem outras culturas em que as mulheres têm vida pior que de câo abandonado, como é o caso do Paquistão, só para citar um. Não podem estudar, trabalhar fora , o marido tem direito de bater nelas, até mesmo de matá-las...
E não temos que nos submeter a mutilações para melhorar a aparência...como diz a Rita Lee, via Vagner.É claro que devemos cuidar de nosso corpo, mas sem atitudes radicais. Afinal, o tempo passa e deixa suas marcas:o fato de nâo aceitá-las é imaturidade nossa... As pessoas que nos amam, sempre estarâo conosco... Afinal, é para isso que temos nossa família e nossos amigos!!!
Niva !
2 comentários:
Nei, eh claro que a Niva estah com a razao! Precisamos conversar com o Andreh! Assim que a Marilda fiar-me algum, vou pedir a ela, Marilda, que me devolva o passaporte para que eu possa viajar ao Brasil e prestar minha humilde solidariedade a Niva! Aquih, as coisas sao diferentes. Muito diferentes! As estatisticas mostram que 60% das mulheres, sao maes solteiras por opcao. O que, obviamente, nos submete a ditadura de sermos pais solteiros... Os restantes 40%, compoem a reserva de candidatos a amargos divorcios. Foi criada a pouco tempo a Fraternidade dos Higienizadores de Sanitarios, confraria que pretende conseguir luvas, mascaras e, claro, papel higienico para seus membros. Sou socio fundador... De minha parte, nao posso me queixar. Vivo bom exilio, devo dizer. Tenho direito a tres refeicoes e, levam-me para passear a cada 3 meses. A bola no peh, orgulhoso, estah na estante. Exibo-a aos amigos menos afortunados que sao admitidos a me visitar. Cinema, vamos e, as vezes, posso entrar, nao tendo de ficar esperando o filme acabar na sala de pipocas... Quando isto acontece, tenho direito a ter de ouvir uma resenha do filme. Olha Nei, eu poderia ir mais longe mas, como sempre, receio estar a cansar os olhos e a paciencia dos amigos. Alem disso, confesso a boca pequena, meu tempo no computador estah a expirar... Niva, querida, console-se comigo que, nem Rei do Lar sou para ouvir propagandas infames no dia dos Pais. Bola pra frente... e nao tropece na corrente!
Beijao!
Já que o Bosquinho me citou em seu comentário, também gostaria de dizer umas palavras. Quando a Marilda te liberar para nova visita aos pobres daqui, abaixo do Equador, pode me convocar para esse papo com o André, que tô dentro. Afinal, sei do que a querida prof. Niva fala. Embora não tenha dúvidas a respeito de minha masculinidade, minha "macheza", sei muito bem o que é jornada dupla, tarefas domésticas, aporrinhação dos filhos, etc... etc...
Há algum tempo assumi as tarefas domésticas aqui em casa e sei que isso desgasta pacas. Para dizer a verdade, uma das poucas coisas prazeirosas dessa função é pilotar um fogão (aliás, observar a reação das pessoas enquanto comem). Mas vamos em frente.
O fato é que jornada dupla não pooodeee!!! Durante mais de dez anos fiz isso, tendo de me deslocar por duas cidades. Só não sei se trocaria nossa realidade por essa que você vive por aí, na Terra de Obama. Que história é essa da Fraternidade dos Higienizadores de Sanitários, sô? Coisa de doido!
Também não vou me alongar muito, não. Gostaria apenas de dizer que, como o Bosquinho, sou solidário à Niva em seu desabafo. E tenho dito!
Nei
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