quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

C´est la vie big brother

Peço licença para dar início a esta tomando emprestada a velha expressão francesa com a qual Niva findou sua crônica, logo aí abaixo: C´est la vie. É isto aí: c´est la vie. Sei que posso até me queimar em algumas rodas de amigos mas... eu confesso: assisti, sim, a abertura do Big Brother Brasil, ontem. Família reunida na sala após o jantar e a exibição de A Favorita, a expectativa de também dar uma espiadinha, conhecer as próximas celebridades globais, flagrar algum movimento cuidadosamente descuidado de uma das beldades da casa. Sei que essa confissão pode macular minha imagem de intelectual incipiente em algumas rodas, de cidadão consciente de mazelas como a violência e as injustiças da nossa sociedade, do crime contra a humanidade, o holocausto da Faixa de Gaza.
Também não franzi minha testa preocupado diante do aquecimento global, da crise mundial – afinal, o Lula garantiu que estamos preparados para o que der e vier. O problema é deles, dos ricos. Obama, Sarkozi, Brown e Putin que se preocupem.
O fato é que, depois de oito meses de abstinência deste vício da espiadinha do qual quase não temos escapatória, finalmente teremos um intervalo nas preocupações com o cartão de crédito e demais contas atrasadas. Ao invés da lista de material escolar das crianças, do IPTU, do IPVA, do carnê das Casas Bahia, o Grande Irmão nos proporcionará expectativas bem mais amenas, como quem será o líder desta semana; quem vai para o paredão; quem tá pegando quem; quem está sendo sincero ou está apenas jogando o jogo. Que bom! Doces preocupações!
De minha parte, tudo bem. O contato com a Tchurma dos Bons Tempos me consola, adia meu sono até estas adiantadas horas da noite, em frente ao teclado buscando inspiração. Além do mais, estou feliz também por causa do contato que esse blog possibilita com vocês. Ser ombreado ao Bosquinho, um dos meus ídolos, pela Niva é sempre um privilégio. Obrigado Niva pela citação em sua crônica. Espero que os outros chegados também descubram esse prazer. Não vejo a hora de saber mais do dr Gilmar (meu irmão Giminha), sentir o fervor corintiano do primeiro-ministro Gilson, ler declarações do apaixonado Bolinha, conhecer melhor os mistérios do Blue Eyes; aprender (sempre) com o saber de Helena Ballaguer, Nilza Maria Gamba, Selma Pellizzon, Niva...(eternas mestras), rir das infindáveis piadas do Maurinho, do Pé...

Ah! Saudade do Jairinho, sempre preocupado com sua mãezinha (ela já está com 94 anos, ele diria); saudade de Catarina, meu primeiro amor, do Lúcio e do Juquinha, que Deus os tenha em bom lugar, como dizia minha mãe Marieta.
Ouço passos na escada. Já sei: é dona Marta, cheia de sono. Certamente estranhou minha ausência no quarto. Tá na hora mesmo. Bay, galera, bay. E para finalizar e voltando a recorrer à expressão francesa com a qual iniciei este lamento: C´est La vie. Até a próxima. Fui!!
PS: acabo de ler a estréia do meu querido Giminha no blog. Seja bem vindo, irmão!

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