terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Gilmar e os Beatles...



Gilmar, confesso nunca ter pensado na influencia do Erasmo nas composicoes do Roberto. Verdade que, nunca pensei muito em RC. Eu lembro bem de todas as criticas que RC sofreu, por conta de sua suposta alienacao politico/social. Eram tempos brabissimos e, aquele pessoal que bateu de frente com o regime militar, naturalmente esperava muito mais dele ou, ao menos esperava um posicionamento politico, assim como o fizeram varios artistas, na epoca. Nunca houve e, nem sei se RC sabe que a ditadura jah se foi... Acho que foi cobrado dele, algo que, nunca teve condicoes de pagar... Quanto a obra, insisto: No genero, eh imbativel. Quando vc precisar, estarah lah, em doses, as vezes, insuportaveis... Tem lugar para tudo neste mundo. Dirao os fans de RC; ateh mesmo para o meu mau gosto... Beatles, foram definitivamente um fenomeno e, beiraria o ridiculo eu tentar acrescentar algo a tudo que jah foi dito sobre os caras. Hoje, as unicas coisas nao ditas sobre eles, serao declaradas pelo sr. Tempo que, com certeza, trara novas perspectivas e maneiras de olhar para aquela banda. Cancoes, sei lah; sao tantas... O Nei, citou algumas belissimas (Across the Universe!) e, vc fala de She's Leaving Home. Soh pelo bem da brincadeira, vou lembrar uma outra: Strawberry Fields Forever... De modo geral, penso que era comum exigir das bandas e cantores, algo que eles nunca, explicitamente, prometeram a ninguem: Reformar a sociedade. Muitos daqueles caras foram simplesmente paridos pela sociedade, sempre em dolorosos partos. Aquilo que na epoca se chamou de The British Invasion, nada mais era do que um exercito de garotos, filhos dos ex-garotos que haviam combatido na 2a. Grande Guerra ha 15 anos atras (aquih, falo das bandas que explodiram nos anos 60).Bom nao esquecer que eram tambem netos de ex-combatentes. Entao, de novo, esse pessoal, todos eram filhos genuinos de guerreiros. Eh dessa maneira que deve ser compreendida boa parte do muito que bradavam. Nao esquecer que, mal digeriam os pais e avos neuroticos retornados da guerra, os norte-americanos tinham de sobremesa Coreia e Vietnan. Aih, nao tem jeito; eh mesmo de jogar o chapeu (ou a guitarra) no chao e sair gritando... No Brasil, tudo que - alguns - fizeram, foi um arremedo do que rolava no Norte. Isso nao agradava a quem olhava com olhos de ver e, foi mal aceito. Toda copia, corre o risco de ser ridicula e, muitas o foram. Influencia eh uma coisa; arremedo eh artigo diferente. Havia gente intelectualizada que, percebia isto e, nao gostava. Se tivessem de engolir alguma reforma politica/social, que viesse de Sorbonne mas, nao da America ou de alguns cabeludos malucos e, suas cancoezinhas insossas. O mundo era consertado todas as noites no Antonio's e, a receita publicada no O Pasquim. Eu tinha 16 anos em 1970, quando muito daquilo, jah havia acabado ou estava a acabar. Sempre amei a lingua Portuguesa. Nao por motivos intelectuais mas, simplesmente por "vestir" melhor em mim, gostava da musica brasileira mais do que a estrangeira. Assim, comecei ouvindo a Tupi, Jangada minha Jangada. Depois, vieram os Festivais, quem vai esquecer... Aih, sucumbi para sempre por Caetano (meu primeiro vinil foi um compacto com o autografo dele na capa, comprado em uma lojinha que ficava em uma viela escondida atras do antigo Nosso Bar, proximo a estacao ferroviaria), Gil, Chico, Milton, Elis... Mais tarde, aprendi a gostar das bandas anglofonas e, ouvi muita coisa boa, tambem. Ainda hoje, estou aprendendo a apreciar umas e, a desenganar de outras... Enfim, valeu. A soma de tudo, deu como resultado uma imensa, sem fim, saudades... Seria absurdo pensar que, depois deles nao apareceria mais ninguem. Pode acontecer de, nao aparecer para nos, conhecedores dos artigos exibidos nas vitrinas dessa jah longa estrada. Eu, a cada dez anos, vou "pescar" o que apareceu de bom na decada passada. Assim, para mim, U-2 eh banda nova e, gosto. Seu Jorge, arisco, arrisco ouvir alguma coisinha... Quando vih o Paulo Coelho, anos mais tarde, detalhando em livros aquilo que ele compunha e Raul cantava, sorri sozinho aquih no sertao de Utah. Uma vez, no deserto (e nao hah exagero no que digo), descobri onde Paulo foi buscar o nome de um de seus livros. De certo, ele tinha vindo gastar um pouco do muito que tem nos cassinos que estao esparramados nos ermos de Nevada. Ele eh um bom sujeito e nao conspira contra ninguem e, muito menos contra o Universo, que isso eh coisa lah do outro Laden do planeta... O jabah ta caro; viva o dollar! Giminha, nosso doutor, voce perguntou e, eu nao sei muito de Leila. Num desses pensamentos avulsos (Millor dizia que "...livre pensar eh soh pensar..."), pensei: Salvo engano, a especialidade do Gima eh ginecologia. Seria a imagem de Leila, gravida de 8 meses, desfilando de biquini em Ipanema, um fetiche para o doutor Gilmar? Querido amigo velho, desculpe meu vadio devaneio... A Leila era mesmo bela e inteligente, uma combinacao letal. Seja lah qual for o motivo maior de sua admiracao por ela, tens o meu incondicional apoio. Lamento nao poder acrescentar mais alguns... Se cair em minha maos informacao nova, repasso; prometo. Grande abraco a voce e, a todos, Bosco

2 comentários:

Nei Souza disse...

Como esta parece ser uma briga de cachorro grande, eu - mero vira-latas do rock - opto por tirar meu time de campo à francesa. Mas não sem antes convocar outro pit bull (é assim que se escreve?) para também dar sua dentada. Gostaria muito de ler tambés o que pensa "meu amigo de fé, meu irmão camarada"; ele que à época era o Quinto Elemento dos Stones; o brô Ademir Marques, o Bola!
Agora, quant à Leila, façoi minhas as palavras do Bosquinho:"A Leila era mesmo bela e inteligente, uma combinacao letal".
Abrao a todos. Tô esparando, heim Bolinha.

Anônimo disse...

É isso aí Ney...o Bola tá na berlinda...acho que só olhando..!!
mas vai aparecer a qualquer hora.
E a Leila éra simplesmente estupenda...depois dela não lembro de outra mulher tão irreverente no Brasil..algumas que poderiam se destacar neste quesito sucumbiram ao poder do vil metal! Abçs,
Gilmar