quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Ainda... a educação, ou a falta dela

O tema, trazido pelo Bosquinho a partir de artigo do jornalista Gilberto Dimenstein na Folha de S. Paulo de domingo, mais que relevante, é essencial ao futuro dos nossos filhos, netos e à nação em geral. Estamos falando dos preocupantes resultados de um exame de avaliação dos professores candidatos às vagas remanescentes do ensino público estadual, aplicado pela Secretaria da Educação.
Por isso, voltamos ao assunto novamente, agora com a opinião do professor Eduardo, um dos nossos mestres dos tempos de Cesa. Como a íntegra do documento está no Leninha News.com, peço licença para destacar alguns pontos nele levantados.
Com larga experiência pedagógica e administrativa na área, o professor Eduardo abre seu comentário propondo “acabar com alguns mitos”. O primeiro que ele joga por terra é o de que antigamente “professores seguiam carreira por vocação”. Para o professor, “antes, tínhamos bons professores porque PAGAVA-SE BEM! Vocação vem bem depois”. Segundo o professor, “à medida que os "velhos" foram se aposentando ou desanimaram, a tal "vocação" acabou”.
Pessimista com relação ao futuro imediato, professor Eduardo alerta: “Têm-se que criar confiança para atrair os bons talentos; dar tempo para reciclar ou expurgar os maus profissionais (que existem, não há dúvida); incentivar a participação da comunidade nas atividades da escola dessa própria comunidade.”
Dizendo-se também decepcionado com o resultada dos testes (NENHUM ARGUMENTO JUSTIFICA A QUANTIDADE DE NOTAS BAIXAS QUE APARECERAM!!!!!) , Eduardo questiona a autoridade e responsabilidade da própria Secretaria para aplicar o teste: “Por que não avaliar a Secretária de Educação do Estado de São Paulo?”
Por fim, ele questiona: “O que vamos tirar disso? Execração pública contra os atuais professores? Quais as sugestões? E se você tiver que tomar parte da solução? Vai se envolver?”
...e propõe:
1. Eliminar todo e qualquer subsídio ao Ensino Médio Particular; não descontar no Imposto de Renda o dinheiro médio;
2. Não permitir que empresas paguem escola de Ensino Médio para seus funcionário e depois abatam no Imposto de Renda;
3. Todo cidadão deveria pegar nota fiscal e depositar numa escola perto de sua casa. O dinheiro do ICMS deveria ser depositado na conta da escola para o diretor gastar como achar melhor (a comunidade deve acompanhar), inclusive dando incentivo em forma de dinheiro aos professores que se destacarem.
4. Estabelecer um plano de treino (nunca inferior a 3 meses) para os professores se adaptarem. Aí, fazer uma avaliação e dispensar os que não evoluírem.
5. Acompanhar a evolução da escola do seu bairro para verificar seu desempenho.
6. Ouvir os problemas da Direção e dar suporte a ela
7. Acompanhar os decretos e outras normas oriundas da Secretaria da Educação e discutir a viabilidade da sua aplicação
Essas medidas, de acordo com o professor, têm por objetivo ACOMPANHAR A DIREÇÃO (das escolas) E DAR SUPORTE OU DISPENSÁ-LA; FAZER A CLASSE MÉDIA VOLTAR PARA A ESCOLA PÚBLICA; e FAZER A COMUNIDADE PARTICIPAR DA ESCOLA PÚBLICA.
O professor Eduardo encerra suas considerações convocando seus colegas a também se manifestarem sobre o assunto.
Valeu, professor Eduardo!!!

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